O câncer infantil é uma das principais causas de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, correspondendo a cerca de 8% dos óbitos nessa faixa etária. Apesar dos avanços significativos no tratamento nas últimas décadas, com uma taxa de cura de aproximadamente 80% quando diagnosticado precocemente, ainda há muito a ser feito para conscientizar a sociedade e oferecer suporte às famílias afetadas.
Esse tipo de câncer é um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células anormais, podendo surgir em qualquer parte do corpo. Os tumores mais comuns incluem:
- Leucemias: Afetam os glóbulos brancos.
- Tumores do sistema nervoso central: Acometem o cérebro e a medula espinhal.
- Linfomas: Atacam o sistema linfático.
- Neuroblastoma: Tumor do sistema nervoso periférico, frequentemente na região abdominal.
- Tumor de Wilms: Afeta os rins.
- Retinoblastoma: Surge na retina, parte do fundo do olho.
- Tumores germinativos: Originados nas células precursoras de ovários ou testículos.
- Osteossarcoma: Tumor ósseo.
- Sarcomas: Tumores de tecidos moles.
Estima-se que 12.600 novos casos sejam diagnosticados anualmente no Brasil. A detecção precoce e o tratamento em centros especializados são cruciais para aumentar as chances de cura e garantir uma boa qualidade de vida após o tratamento.
Importância da conscientização e apoio
A luta contra o câncer infantil vai além do diagnóstico e do tratamento. A Lei nº 11.650/2008 institui ações voltadas para:
- Educação e prevenção: Promover campanhas que orientem sobre sinais de alerta e a importância da detecção precoce.
- Debates e políticas públicas: Discutir estratégias para ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento de qualidade.
- Avanços técnico-científicos: Difundir novas tecnologias e terapias para melhorar os índices de cura.
- Apoio às famílias: Fortalecer redes de suporte emocional, social e econômico.
Projeto ComunSaúde e a mobilização social
Nesse contexto, o projeto ComunSaúde da ComCausa tem se destacado ao promover iniciativas de conscientização sobre a importância da saúde integral, incluindo o câncer infantil. Por meio de campanhas educativas nas redes sociais o ComunSaúde busca informar a população sobre os sinais e sintomas da doença, além de oferecer suporte às famílias afetadas.
O projeto atua em parceria com movimentos sociais, escolas e instituições de saúde, reforçando a necessidade de um diagnóstico precoce e de políticas públicas que garantam acesso ao tratamento especializado.
Um futuro de esperança
Embora o câncer infantil seja um desafio, os avanços no tratamento e a mobilização social oferecem esperança. Juntos, podemos transformar o impacto dessa doença, garantindo mais cura e qualidade de vida às crianças e adolescentes.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.
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