O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), localizado na Praia de Botafogo, enfrentou recentemente uma série de eventos que resultaram em sua interdição e subsequente reabertura em um curto período de 48 horas.
Na segunda-feira, o então diretor do APERJ, Victor Travancas, determinou a interdição do prédio histórico, alegando riscos iminentes de desabamento e incêndio. Ele apresentou vídeos que mostravam rachaduras em colunas, umidade elevada e problemas no sistema elétrico, sugerindo condições inadequadas para a preservação do acervo.
Reabertura e Exoneração
Em resposta, o governo estadual solicitou a reabertura imediata do Arquivo, baseando-se em laudos da Empresa de Obras Públicas (EMOP) e do Corpo de Bombeiros que atestaram a segurança do edifício. Além disso, o diretor Victor Travancas foi exonerado, sendo a decisão considerada unilateral e sem consulta aos órgãos competentes.
Laudos Técnicos
O laudo da EMOP, datado de 24 de julho de 2024, identificou uma fissura na laje da sala 304, recomendando tratamento com resina epóxi, mas sem indicar risco imediato. Já o Corpo de Bombeiros, em vistoria realizada em 30 de dezembro de 2024, emitiu Laudo de Exigências e Certificado de Aprovação, confirmando a regularidade do prédio quanto à segurança contra incêndio e pânico.
Importância do APERJ
O APERJ é responsável pela guarda e preservação de documentos históricos essenciais para a memória do estado, incluindo registros da ditadura militar e do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). O acervo abrange cerca de 47 mil itens, entre livros, jornais e revistas, além de manuscritos, mapas, fotos e outros materiais.
A rápida resolução da situação demonstra a importância atribuída à preservação do patrimônio histórico e à segurança dos documentos sob custódia do APERJ.
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