Caso Vitória: Maicol afirma ter sido coagido a confessar crime em delegacia

Corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado nesta quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar — Foto Reprodução

Maicol Santos, suspeito no caso da morte de Vitória Regina de Sousa, afirmou que foi pressionado a confessar o crime sob condições degradantes dentro da delegacia. Segundo seu depoimento, a suposta coação ocorreu após a saída de seus advogados, quando ele teria sido levado para um “banheiro sujo” e colocado sob intensa pressão psicológica. O caso tem gerado grande repercussão e levantado debates sobre a condução das investigações.

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu no início de março e foi encontrada sem vida uma semana depois em uma região de mata em Cajamar, na Grande São Paulo. Desde então, a polícia investiga as circunstâncias do crime e o envolvimento de possíveis suspeitos. Maicol, que chegou a ser apontado como um dos principais investigados, agora alega que foi alvo de abuso de autoridade durante os interrogatórios.

A defesa de Maicol sustenta que ele foi submetido a tratamento ilegal e que a suposta confissão teria sido obtida sob coação. Os advogados pedem a anulação do depoimento e uma investigação sobre a conduta dos agentes responsáveis pelo interrogatório. A Secretaria de Segurança Pública informou que todas as etapas da apuração seguem os protocolos legais e que as denúncias feitas pelo suspeito serão analisadas.

O caso continua sob investigação, e novas perícias devem ser realizadas para esclarecer os fatos. Familiares de Vitória cobram justiça e esperam que a apuração leve à responsabilização dos verdadeiros culpados. Movimentos de direitos humanos acompanham o desdobramento do caso, ressaltando a necessidade de um processo justo e transparente.

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Relembre o caso

  • Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada decapitada e com sinais de tortura na tarde do dia 5 de março, em uma área rural de Cajamar, na Grande São Paulo. Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
  • Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
  • Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público. Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
  • Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo. Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
  • Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Ta de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.

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